PF indicia mais três militares no inquérito dos atos de 8 de janeiro
Com isso, o total de indiciados vai a 40, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quarta-feira (11) mais três pessoas, todos militares, no inquérito que investiga os atos de 8 de janeiro. Com isso, o total de indiciados vai a 40.
Os três novos indiciados são: parecido Andrade Portella, militar na reserva e suplente da senadora Teresa Cristina (PL-MS), que foi ministra da Agricultura no governo Jair Bolsonaro; Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército e chefe de gabinete do então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, Mário Fernandes Rodrigo Bezerra de Azevedo, major do Exército e integrante do Comando de Operações Especiais (Copesp).
Há três semanas, a PF indiciou 37 pessoas nesse mesmo inquérito, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-ministro e vice na chapa eleitoral, o general Braga Netto.
Novos indiciados
De acordo com a PF, Aparecido Andrade Portela foi um dos intermediários entre o governo de Jair Bolsonaro e financiadores das manifestações. Ele visitou o Palácio da Alvorada ao menos 13 vezes em dezembro de 2022, reforçando a proximidade com Bolsonaro, com quem serviu em Nioaque (MS) nos anos 1970.
Ainda segundo as investigações, Portela utilizava o codinome “churrasco” em mensagens trocadas com Mauro Cid para se referir ao atos de 8 de janeiro.
Já Reginaldo Vieira de Abreu é acusado de disseminar desinformação sobre o sistema eleitoral. Ele chegou a levar um hacker à sede da PF em Brasília para tentar formalizar denúncias falsas contra as urnas eletrônicas.
Rodrigo Bezerra de Azevedo, por vez, é acusado de integrar o núcleo operacional do plano de assassinato do ministro Alexandre de Moraes. O codinome “Brasil” foi associado a um número de telefone que ele utilizava para ações clandestinas.