PF pediu operação de busca e apreensão contra Bolsonaro e aliados há duas semanas
Ação foi autorizada pelo STF na última sexta-feira
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O pedido de autorização feito pela Polícia Federal para realizar operação de busca e apreensão contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, assim como prisão de aliados dele, foi feito há duas semanas, no dia 19 de abril.
A manifestação da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araujo, foi enviada dois dias depois. E a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi assinada no último dia 28 de abril.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira (3) por suspeita de adulteração nos dados de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS). O celular dele foi apreendido pela PF.
Segundo a PF, o certificado de vacinação de Bolsonaro, com dados de uma falsa imunização, foi emitido de um computador do Palácio do Planalto.
Operação da PF
A operação investiga possível fraude em cartões de vacinação, incluindo os de Bolsonaro e da filha dele, Laura. As inserções de dados falsos sobre as vacinas teriam ocorrido entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, segundo a Polícia Federal. A suspeita é que os certificados de vacinação foram adulterados para permitir a entrada nos Estados Unidos, no fim do ano passado.
Bolsonaro a nega adulteração. "Não existe adulteração. Eu não tomei a vacina e ponto final. Nunca neguei isso", afirmou o ex-presidente à emissora CNN Brasil, na porta de sua residência, em Brasília. Para Bolsonaro, a operação da PF é tentativa de "criar um fato".
Segundo o ex-presidente, apenas a esposa, Michelle, foi vacinada contra covid. "Não tomei a vacina após ler a bula da Pfizer. Minha esposa foi vacinada em 2021, nos Estados Unidos, com a Janssen, e minha filha Laura, de 12 anos, também não tomou vacina", declarou Bolsonaro.