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PF realiza operação para investigar desvio de verbas federais da Codevasf; irmã de ministro é alvo

Corporação cumpre 12 mandados de busca e apreensão nas cidades maranhenses de São Luís, Vitorino Freire e Bacabal

Por Da Redação
Ás

PF realiza operação para investigar desvio de verbas federais da Codevasf; irmã de ministro é alvo

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Federal realiza, nesta manhã de sexta-feira (1), a Operação Benesse, que investiga o desvio de verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf). 

Um dos alvos da investigação conduzida pela PF é Luanna Rezende. Prefeita de Vitorino Freire, ela é irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. De acordo com as denúncias, ao menos quatro empresas de amigos, ex-assessoras e uma cunhada do ministro ganharam mais de R$ 36 milhões em contratos com a prefeitura de Vitorino Freire. No momento, Luanna está afastada do cargo.

A investigação, que começou há cerca de dois anos, tem como objetivo desarticular a organização criminosa que praticava fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.

A corporação cumpre 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas cidades maranhenses de São Luís, Vitorino Freire e Bacabal. A operação também cumpre medidas cautelares como afastamento da função pública, suspensão de licitações, vedação da celebração de contratos com órgãos públicos e ordens de indisponibilidade de bens.

A operação foi nomeada como Benesse por causa do significado da palavra. "Pelo fato de os elementos indicarem que o líder do núcleo público da organização criminosa ora investigada utiliza emendas parlamentares para incrementar o seu patrimônio, denominou-se esta fase investigativa de 'benesse', que segundo o dicionário Oxford significa “vantagem ou lucro que não deriva de esforço ou trabalho”, diz a corporação.

A ofensiva é um desdobramento da Operação Odoacro, que já teve duas fases ostensivas abertas - em julho e outubro do ano passado. Os investigados podem responder por fraude a licitação, lavagem de capitais, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e passiva.

A Codevasf emitiu posicionamento por meio de nota, confira:

"Em atenção a informações veiculadas na manhã desta sexta-feira (1º/9) sobre a operação Benesse, da Polícia Federal, a Codevasf informa que colabora com o trabalho das autoridades desde a primeira fase da operação Odoacro, realizada em julho de 2022.

No âmbito de apurações internas relacionadas às operações, a Codevasf demitiu um funcionário no mês de agosto após a conclusão de processo conduzido por sua Corregedoria.

A Companhia mantém compromisso com a elucidação dos fatos e com a integridade de suas ações — e continuará a prover suporte integral ao trabalho das autoridades policiais e da Justiça."
 

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