PF solicitou ao STF o cancelamento da operação contra aliados do presidente Bolsonaro
A delegada Denisse Dias, da PF, alegou que as apreensões levariam a “risco desnecessário” às instituições
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Antes de serem cumpridos os mandados de busca e apreensão da Operação Lume, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) enviou um pedido ao ministro Alexandre de Moraes para "postergar" ou cancelar o inquérito que apura o suposto envolvimento de aliados do presidente Jair Bolsonaro em manifestações contra a Corte. O documento também fala sobre "recolher" ou "adiar" os mandados de busca e apreensão aos alvos do inquérito.
O pedido para a tentativa de paralisação das investigações foi enviada uma semana após a determinação do ministro Alexandre de Moraes para o cumprimento da operação, no dia 27 de maio. A manifestação da PF foi assinada pela delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, que alegou que a realização das “diversas medidas propostas em etapa tão inicial” da operação levariam a “risco desnecessário” às instituições.
O documento da PF ao STF cita a "postergação do cumprimento ou pelo recolhimento das ordens já emanadas, a fim de que o direcionamento dos recursos da Polícia Federal seja inicialmente empregado na obtenção de dados de interesse e no preenchimento das diversas lacunas das hipóteses criminais aqui apresentadas".
Por causa do pedido, a operação foi adiada e acabou sendo realizada na última terça-feira (16), 20 dias após a ordem do Supremo. A operação cumpriu busca e apreensão contra 21 alvos bolsonaristas e também determinou a quebra do sigilo bancário de 11 parlamentares da base de apoio do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo informações divulgadas por fontes do STF ao O Globo, após a tentativa de suposta interferência, o ministro Alexandre de Moraes irá analisar um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para afastar a delegada Denisse Dias do caso.
