PF tem novas imagens de joias ilegais de Bolsonaro vendidas nos EUA
Dados foram levantados pelos policiais federais que viajaram aos Estados Unidos para conduzir as últimas diligências no inquérito
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Polícia Federal conseguiu imagens inéditas e entrevistas que confirmam detalhes sobre a venda e recompra ilegais de joias por parte do ex-presidente, Jair Bolsonaro. As informações são da colunista Bela Megale, do O GLOBO.
Conforme as investigações da PF, os dados obtidos apontam, ainda, a participação de uma nova pessoa na operação clandestina. O seu nome, no entanto, ainda não foi revelado.
O "kit ouro branco", um conjunto de joias que Bolsonaro recebeu durante sua visita oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019, incluía um anel, uma caneta, abotoaduras e um rosário islâmico ("masbaha"), todos ornamentados com diamantes. Além disso, o conjunto incluía um relógio Rolex, que posteriormente foi vendido separadamente em uma loja na Pensilvânia. O valor total do conjunto foi estimado em pelo menos R$ 500 mil.
De acordo com a colunista, os investigadores teriam tido acesso a imagens das joias expostas na loja, antes de serem compradas, além de imagens dos anúncios para revenda dos itens.
O responsável pela venda e, depois, pela recompra dessa parte do material, foi o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, conforme relatório policial.
Os dados foram levantados pelos policiais federais que viajaram aos Estados Unidos para conduzir as últimas diligências no inquérito que investiga a alegada apropriação e venda ilegal de joias que Bolsonaro recebeu e que são consideradas parte do acervo presidencial. Durante a investigação, os policiais contaram com o apoio do FBI e permaneceram 16 dias em solo americano.