PF tem operações reduzidas por risco de transmissão da Covid-19

A Polícia Federal reduziu o número de operações de combate à corrupção e ao crime organizado em todo o território brasileiro por causa dos riscos de transmissão do novo coronavírus (Covid-19). Os delegados estão sendo orientados a suspender temporariamente ações que envolvam agrupamento de policiais, desde que não resulte em prejuízo para as investigações.

A medida foi adotada há 15 dias, e foram deflagradas oito operações ostensivas. O mesmo período, no início do mês, foram 32 ações pelo País. No entanto, mesmo com a queda, março fechou com volume total de operações dentro da média totalizando 42 ações ostensivas deflagradas contra 49 em fevereiro e 22 em janeiro.

A orientação da Dicor, que consta no documento, informa o adiamento de pelo menos 15 dias, de acordo com a média de interrupção da atividades dos tribunais do Brasil. O ofício indica ainda que, caso as operações sejam mantidas, as equipes adotem cuidados básicos para proteção.

Na última quinta-feira (2), por exemplo, foi deflagrada a Operação Nome Sujo, em Varginha (MG), contra um esquema de tráfico de influência e corrupção, relacionado a falsificação de cigarros. Com baixo efeito, policiais cumpriram mandados de busca e apreensão. Além de máscaras, policiais utilizaram luvas e álcool em gel no contato com material recolhido como dossiês contáveis, documentos e um computador.

Delegados também são autorizados a suspender depoimentos presenciais marcados, desde que haja uma prévia comunicação ao interrogado. Desta forma, mantendo apenas as oitivas "urgentes e prioritárias", conforme a necessidade da investigação ou processo. Depoimentos por videoconferência também foram autorizados.

Confira aqui o documento com as orientações.