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Pfizer diz que não negocia com estados e mantém diálogo com governo federal

Negociação entre farmacêutica e o governo federal é entrelaçada por impasses

Por Da Redação
Ás

Pfizer diz que não negocia com estados e mantém diálogo com governo federal

Foto: Dado Ruvic/Reuters

A Pfizer Brasil negou nesta terça-feira (5), a existência de dependência paralela com estados brasileiros para o fornecimento de doses da vacina contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, desenvolvida em parceria com o laboratório alemão BioNTech. Além disso, a farmacêutica afirmou ainda que mantém o diálogo aberto com o governo federal. Atualmente, uma negociação entre a Pfizer e o governo federal é entrelaçada por impasses.

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, disse na última segunda-feira (4), em entrevista à rádio CBN, que a farmacêutica americana associa-se à entidade após enfrentar dificuldades na interlocução com o Ministério da Saúde. Em comunicado, a Pfizer afirma que recebeu alguns contatos de governos estaduais, mas ressaltou que tem atuado diretamente com governos federais "em todo o mundo para que sua vacina possa ser uma opção na luta contra a pandemia". 

Nesse sentido, por aguardar uma definição do governo brasileiro, "não procede a informação de que a empresa mantém paralelas com governos estaduais". Ainda durante a entrevista, Lula, que também é secretário de Saúde do Maranhão, disse que a "maioria dos estados" estaria participando do diálogo e que o interesse do Conass é que uma negociação fosse mediada pelo governo federal. Mas, diante do quadro de impasse, o presidente da entidade disse que o conselho não esperaria "de braços cruzados".

No dia 8 de dezembro, pressionado pelo início da vacinação no Reino Unido, o Ministério da Saúde informou que as tratativas com a empresa tinham "avançado muito" na direção da aquisição de 70 milhões de doses do imunizante. No dia seguinte, em entrevista à CNN Brasil, o ministro Eduardo Pazuello afirmou que uma campanha de vacinação brasileira poderia começar em dezembro, o que não aconteceu, e chegou a mencionar a chegada de 500 mil doses do imunizante da Pfizer em janeiro , ainda que não houvesse formalização de compra e nem permissão de uso emergencial pela Anvisa. 
 

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