Política

PGR apresenta 1ª denúncia contra financiadores do 8 de Janeiro

Órgão apontou que um morador de Londrina ofereceu auxílio material e moral ao grupo que invadiu as sedes dos três poderes

Por Da Redação
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PGR apresenta 1ª denúncia contra financiadores do 8 de Janeiro

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

A Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou nesta quinta-feira (14), a primeira denúncia no inquérito que apura a atuação de financiadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Na petição, enviada ao Supremo Tribunal Federal, a PGR apontou que um morador de Londrina (PR) cometeu cinco crimes ao oferecer auxílio material e moral ao grupo que invadiu as sedes dos três poderes, em Brasília. 

As provas reunidas apontam que o denunciado  teria fretado quatro ônibus para o transporte de dezenas de pessoas para a Capital Federal, em contratos com valor total de R$59,2 mil. Além de financiar os deslocamentos, o denunciado foi acusado de participar da organização e arregimentação de pessoas para a prática dos atos.

A denúncia apresenta um relato detalhado de fatos ocorridos entre outubro de 2022, quando saiu o resultado das eleições presidenciais, até o dia 8 de janeiro, data dos atos em Brasília. Nesse período, o denunciado teria participado ativamente de grupos de mensagens virtuais relacionadas ao episódio. O objetivo era incitar a população e as Forças Armadas para, não só contestar o resultado das Eleições 2022, como destituir o presidente eleito.

De acordo com o coordenador do Grupo Estratégicos dos Atos Antidemocráticos (GCAA), Carlos Frederico Santos, responsável pela denúncia, o denunciado deve responder por: Associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima, além de deterioração de patrimônio tombado.

Somadas, as penas passam de 30 anos de reclusão. O subprocurador-geral pontua na denúncia que a depredação causou prejuízos aos cofres públicos de pelo menos 3,5 milhões de reais no Senado, 2,7 milhões na Câmara dos Deputados, 9 milhões no Palácio do dos Deputados, 9 milhões no Palácio do Planalto (apenas em relação às obras de arte) e 11,4 milhões no Supremo Tribunal Federal. Além disso, reforça a PGR, houve danos inestimáveis em bens históricos.
 

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