PGR faz levantamento para decidir sobre acusação de Renan Calheiros sobre propinas da Odebrecht
Fachin cobrou uma "manifestação conclusiva" em inquérito

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, cobrar uma 'manifestação conclusiva', a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou, na última segunda-feira (18), que está fazendo um levantamento para emitir um parecer sobre denúncia contra Renan Calheiros (MBD-AL) por suposta propina da Odebrecht.
A decisão do STF dava um prazo de 15 dias para o órgão se manifestar sobre o indiciamento de Renan sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Na denúncia da Polícia Federal, o senador teria recebido R$ 1 milhão da empreiteira em pagamento ao apoio político prestado à aprovação de uma resolução que restringiu incentivos fiscais a produtos importados. A iniciativa teria beneficiado a empresa Braskem, pertencente ao Grupo Odebrecht.
Para o levantamento, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, pediu para ter acesso à todos os arquivos do trâmite da resolução, como emendas parlamentares, justificativas e votos do senador. Além de registro de entradas e saídas de Milton Lyra, que supostamente teria realizado os pagamentos.
"Todo esse contexto contribui para o delineamento da participação do investigado na aprovação do ato legislativo, e, acaso existentes, emendas direcionadas a beneficiar os interesses empresariais”, afirmou.
O caso está parado há dois meses após um pedido de anulação do indiciamento pela PGR, afirmando que a autoridade para conduzir investigações que contenham foro privilegiado é do órgão.