PGR pede que STF arquive investigação contra Ciro Nogueira
Pedido veio após PF dizer que tem indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro supostamente cometidos por Nogueira; PGR discorda da PF
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República pediu, nesta sexta-feira (6), que o Supremo Tribunal Federal arquive uma investigação contra o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, por recebimento de suposta propina. Pedido veio após a Polícia Federal dizer ao STF que tem indícios de crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro supostamente cometidas por Nogueira. A PGR discordou da PF.
A PF também diz ver indícios de crimes de Gustavo Lima, irmão de Ciro Nogueira; Edinho Silva, então tesoureiro da campanha do PT; Joesley Batista e Ricardo Saud, ambos executivos da J&F à época. A investigação, que começou em 2018, aponta que o empresário Joesley Batista pagou propina ao PP em troca de apoio para a reeleição de Dilma Rousseff. O empresário, por sua vez, afirma que uma mala com R$500 mil foi entregue ao senador Ciro Nogueira, presidente da sigla.
Ainda de acordo com a PF, Joesley prometeu pagamento de R$ 8 milhões a Ciro Nogueira em troca do adiamento de uma reunião do PP que, na época, decidiria se o partido deixaria ou não a base de apoio ao governo Dilma. No final de outubro do ano passado, o Ministério Público Federal pediu ao STF que analisasse uma denúncia contra Nogueira por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo o MPF, o ministro teria recebido R$7,3 milhões da Odebrecht.