Política

PGR solicita revisão de investigações sobre Maia paradas há 6 meses

Antecessora de Aras, Raquel Dodge teria blindado o caso

Por Da Redação
Ás

PGR solicita revisão de investigações sobre Maia paradas há 6 meses

Foto: Reprodução/ Agência Senado

O procurador-geral, Augusto Aras, determinou a revisão das investigações sobre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que estão há seis meses paradas e tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), após receber de sua antecessora, Raquel Dodge, os inquéritos supostamente prontos para oferecimento de denúncia. 

As apurações estavam à espera de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) decidisse oferecer a denúncia ou pedir arquivamento dos casos. 

Integrantes da equipe de Aras teriam visto inconsistências na acusação, que agora pode levar outros meses para ser refeita. Houve um entendimento de que os elementos colhidos nos inquéritos não davam lastro à narrativa acusatória traçada por Dodge.

No entanto, o resultado da checagem feita pelo procurador-geral vai determinar se a PGR buscará abrir ações penais contra Maia, o tornando réu, ou pedirá o arquivamento dos inquéritos ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF.

Aras afirmou que as investigações penais precisam ser cuidadosas para não criminalizar a atividade política e devem ocorrer preferencialmente sob sigilo. 

Raquel Dogde teria blindado o caso

Procuradores afirmaram que Raquel Dogde antes de deixar o cargo de procuradora-geral da República, teria pedido arquivamento das investigações contra o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). 

Dodge pediu esses arquivamentos no pedido de homologação do acordo de delação premiada do empresário José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, sócio da construtora OAS, um passo que era ansiado pelos procuradores da força-tarefa da Lava Jato, tanto em Brasília como em Curitiba.

Mesmo antes de enviar a delação de Pinheiro para homologação, Dodge já era criticada pelos procuradores, porque ela já podia ter feito isso há pelo menos seis meses.

O gesto de Dodge foi considerado pelos procuradores como uma tentativa de blindar Maia e Toffoli, que eram defensores de sua permanência à frente da Procuradoria-Geral da República.

A atitude de Dodge é considerada praticamente irreversível, porque é bastante improvável que o ministro Edson Fachin, responsável pela homologação do acordo de Pinheiro, decida, por conta própria, em linha oposta ao Ministério Público, pela abertura de uma investigação. É também considerado improvável que Fachin envie de volta o acordo de Pinheiro para análise de um futuro procurador-geral da República.

 

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