PGR volta a defender arquivamento de inquérito contra Bolsonaro e critica Moraes
O presidente divulgou inquérito da PF que apurava possível invasão ao sistema do TSE em 2018
Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ | Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil | Nelson Jr. SCO/STF
A Procuradoria-Geral da República, através de um documento assinado pela vice-procuradora-geral Lindôra Araújo, voltou a defender o arquivamento do inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro (PL) vazou dados sigilosos de uma investigação da Polícia Federal.
Segundo Lindôra, o ministro do STF Alexandre de Moraes violou o sistema acusatório ao determinar novas medidas na apuração. A vice-procuradora-geral também nega que a atuação do chefe da PGR, Augusto Aras, que pediu o encerramento da investigação, tenha sido irregular.
O inquérito em questão trata-se de uma investigação da PF a respeito de um suposto ataque ao sistema interno do TSE em 2018. Em agosto de 2021, o presidente Jair Bolsonaro, através das redes sociais, divulgou o inquérito na íntegra, para fomentar o seu discurso a respeito da falta de transparência do sistema eleitoral brasileiro.
Há uma semana, a PGR também solicitou o arquivamento de ações contra Bolsonaro e ex-membros do governo, após relatório final da CPI da Covid. Em resposta, os senadores integrantes da CPI encaminharam ao STF uma petição pedindo a investigação de Aras e Lindôra por possível prevaricação.