Política

Picanha e cervejinha: promessas da campanha de Lula vão ficar mais baratas?

Pelo relatório, a cerveja entra no chamado "imposto do pecado"

Por Laiz Menezes
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Picanha e cervejinha: promessas da campanha de Lula vão ficar mais baratas?

Foto: Pexels | Marcelo Camargo/Agência Brasil

BRASÍLIA -- Após a entrega do relatório final da reforma tributária pelo grupo de trabalho da Câmara dos Deputados, o brasileiro deve se perguntar se os preços da picanha e da "cervejinha", que foram promessas da campanha do presidente Lula (PT) em 2022, vão ficar mais baratos. 

"Vamos voltar a reunir a família no domingo e nós vamos fazer um churrasquinho. Nós vamos comer uma fatia de picanha com uma gordurinha passada na farinha e tomar uma boa de uma cerveja gelada", disse Lula, quando era candidato à presidência.  

Neste ano, o Executivo enviou ao Congresso um texto para regulamentação da reforma tributária. Foi criado um grupo de trabalho na Câmara, com sete deputados, em maio. Nesta quinta-feira (4), os parlamentares apresentaram o relatório final com diversas mudanças no texto elaborado pelo governo Lula. 

Pelo relatório, a cerveja entra no chamado "imposto do pecado", quando é cobrado um imposto maior para produtos que são nocivos à saúde e ao meio-ambiente. Assim, a "cervejinha" vai ficar mais cara. Como a tributação aumenta de acordo com o percentual de álcool da bebida, vodka e whisky, por exemplo, serão mais caros. 
 
Antes da apresentação do relatório, Lula vinha insistindo em incluir a proteína animal (o que inclui a picanha), na cesta básica, com alíquota zero. "Vou ficar feliz se eu puder comprar carne sem imposto, eu que prometi na campanha que o povo ia voltar a comer picanha e tomar cerveja", lembrou o presidente na quarta (3) durante lançamento do Plano Safra. 

Apesar dos pedidos do petista, a proteína animal seguirá com tributação. Foi mantida uma alíquota reduzida de 60% a alimentos como carne bovina, suína, ovina, caprina e de aves - o que já constava na proposta elaborada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.  

Vale lembrar que o texto apresentado nesta quinta ainda precisa ser votado no plenário da Câmara. O presidente Arthur Lira (PP-AL) já sinalizou que a análise deve ser iniciada na próxima semana. 

O grupo de trabalho que analisou e debateu a reforma tributária foi criado no dia 21 de maio deste ano e é composto por sete deputados: Cláudio Cajado (PP-BA), Reginaldo Lopes (PT-MG), Hildo Rocha (MDB-MA), Joaquim Passarinho (PL-PA), Augusto Coutinho (Republicanos-PE), Moses Rodrigues (Uniao-CE) e Luiz Gastão  (PSD-CE).

 

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