Pix e o papel moeda

Confira o editorial desta sexta-feira (13)

Por Editorial , Erick Tedesco
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Pix e o papel moeda

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O PIX, um novo jeito de fazer pagamentos, transferências e receber dinheiro desenvolvido (em precisar disponibilizar todos os dados da conta), é também mais um instrumento para reduzir o volume de papel-moeda em circulação no Brasil. Não é de hoje, ou novidade, que o uso de dinheiro em espécie gera um alto custo para a Banco Central (BC) e aos bancos do país.

Além disso, transportar papel-moeda em um país continental ronda números astronômicos ao sistema financeiro. O BC estima um gasto de cerca de R$ 10 bilhões por ano com empresas de transporte de valores, mais custos de segurança pública.

Não à toa, por exemplo, foi lançado uma nova cédula de R$ 200 no começo de setembro para suprir a demanda por papel-moeda na pandemia, especialmente devido ao pagamento do auxílio emergencial pelo governo a desempregados, trabalhadores informais e beneficiários de programas sociais.

Serão impressas neste ano 450 milhões de unidades da nota de R$ 200. De acordo com o BC, o custo de produção da nova nota é de R$ 325 por mil cédulas. Para comparação, a cédula de R$ 100 custa R$ 280 a cada mil notas produzidas.

Vale lembrar que o Pix traz agilidade no pagamento e recebimento, quase instantâneos. Recursos poderão ser transferidos entre contas em poucos segundos, 24 horas por dia, sete dias por semana e com custo zero para pessoa física.

Em paralelo, com o emprego da tecnologia para transações financeiras, a dúvida é como o BC encara a demanda social pelo papel moeda e como atuará neste inevitável processo contínuo de digitalização e substituição de notas.

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