Plano de Ação contra o Desmatamento na Amazônia Legal é apresentado com medidas ampliadas
Lula e Marina Silva anunciam estratégias para combater desmatamento ilegal e incentivar práticas sustentáveis
Foto: TV Brasil
O presidente Lula e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, divulgaram nesta segunda-feira (5), a quinta fase do Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), com o objetivo de intensificar a luta contra o desmatamento ilegal. O
plano, que visa atingir a meta de desmatamento ilegal zero até 2030, destaca a ampliação do cerco jurídico e institucional contra desmatadores, além de incentivos econômicos para aqueles que adotarem práticas agrícolas sustentáveis.
O documento de 50 páginas faz uma análise detalhada do desmatamento na Amazônia e divide as ações em quatro eixos principais: atividades produtivas sustentáveis; monitoramento e controle ambiental; ordenamento fundiário e territorial; e instrumentos normativos e econômicos para redução do desmatamento e implementação das ações nos outros eixos.
A elaboração do plano contou com a participação de 15 ministérios, evidenciando a importância e a abrangência das medidas propostas.
Destacam-se algumas das principais medidas descritas no Quadro de Metas e Indicadores, que faz parte do anexo 2 do documento:
Embargar 50% da área desmatada ilegalmente identificada pelo Prodes consolidado do último ano em Unidades de Conservação federais;
Aumentar em 10% o número de Autos de Infração Ambiental julgados em primeira instância/ano em relação a 2022
Instaurar 3.500 processos administrativos por ano para apuração de infrações administrativas contra a flora na Amazônia
Ingressar com 50 ações civis públicas (ACPs) por ano para cobrar a reparação de danos contra a flora amazônica
Estruturar 10 bases estratégicas para atuação multiagências no combate a crimes e infrações ambientais na região
Contratar 1.600 analistas ambientais por meio de concurso público até 2027
Produzir alertas diários de desmatamento e degradação florestal
Suspender/cancelar 100% dos registros irregulares de CAR sobrepostos a terras públicas federais e notificar detentores de registro no CAR com desmatamento ilegal
Incorporar 100% das terras devolutas ao patrimônio da União
Georreferenciar 100 mil ocupações rurais em terras públicas
Destinar 29,5 milhões de hectares de florestas públicas federais ainda não destinadas
Elaborar o Plano Nacional de Bioeconomia
Fortalecer 100 organizações de base comunitária em Unidades de Conservação Federais
Ampliar a área de floresta pública federal sob concessão florestal em até 5 milhões de hectares, incluindo a restauração florestal e silvicultura
Ampliar a área de floresta pública federal sob concessão florestal em até 5 milhões de hectares, incluindo a restauração florestal e silvicultura de espécies nativas
Demarcar 230.000 km de limites de terrenos marginais de rios federais
Criar 3 milhões de hectares de unidades de conservação
Instituir prêmios e incentivos à produção sustentável, com juros mais baixos, por meio do Plano Safra da Agricultura Familiar e do Plano Safra.