Pleno do TJ-BA autoriza teletrabalho a juiz que tem filho autista
Trabalho a distância ajudará Roberto Paranhos acompanhar o tratamento
Foto: Divulgação/ Ascom-TJ-BA /Nei Pinto
O Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) autorizou na última quarta-feira (5), por unanimidade, a renovação do regime de teletrabalho do juiz associado da Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB), Roberto Paranhos, para acompanhar o tratamento do filho autista.
Na decisão, a Corregedoria Geral de Justiça analisou autos da Junta Médica do TJ-BA. Apesar do parecer favorável da corregedoria, houve votos divergentes. Entretanto, a partir do voto da desembargadora Heloísa Graddi, prevaleceu o entendimento sobre a necessidade de se autorizar o teletrabalho pelos respaldos apresentados.
A desembargadora afirmou que “somente quem tem filho autista vai entender a situação”. Além disso, Graddi pontuou que “o autismo não é uma doença física, é uma doença que não se sabe administrar as emoções”, e por isso, a presença do pai e da mãe é tão importante no desenvolvimento da criança. “Eu não vejo como negar um pedido desse. Nós, julgadores, não podemos ficar adstritos ao texto da lei, temos que ter humildade e bom senso”, reforçou.