PMs do Ceará aceitam proposta e põem fim a motim após 13 dias
Acordo que foi aceito pelos policiais não prevê anistia aos que participaram do motim
Foto: Aurelio Alves
Os Policiais militares do Ceará que estavam amotinados há 13 dias no 18º Batalhão de Polícia Militar aceitaram, na noite do último domingo (1), uma proposta para o encerramento da paralisação e retorno ao trabalho a partir desta segunda-feira (2). A proposta havia sido determinada após a reunião da comissão especial formada por membros dos três poderes do Ceará, assim como os representantes dos policiais.
O acordo que foi aceito pelos policiais não prevê anistia aos que participaram do motim, que era uma das exigências dos policiais no início, mas garantiu que os PMs terão acompanhamento de instituições como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Defensoria Pública e o Exército durante os procedimentos legais. A proposta aceita também determina que o governo do Ceará não realizará transferências de policiais para trabalhar no interior do estado pelos próximos dois meses, ou 60 dias.
Há aproximadamente onze dias, os policiais recusaram uma proposta do governo estadual de reajuste salarial progressivo, passando dos R$ 3,2 mil atuais para R$ 4,5 mil até 2022. Os amotinados exigiam que houvesse um reajuste que considerasse as projeções da inflação para 2021 e 2022.