Pobreza na Bahia é maior entre pretos ou pardos, do que em brancos
Desigualdade salarial por cor ou raça supera à causada pela informalidade

Foto: Agência Brasil
Um levantamento inédito divulgado nesta quarta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre Desigualdades Sociais por Cor ou Raça referente ao ano de 2018, mostra que a pobreza na Bahia é maior entre pessoas de cor preta ou parda (43,8%) do que em brancos (38,6%).
Na capital baiana, essa diferença era ainda maior em favor dos brancos: 15,2% deles estavam abaixo da linha de pobreza no período pesquisado, comparado a 23,6% dos pretos ou pardos.
A maior incidência de pobreza no estado foi registrada entre mulheres pretas ou pardas que vivem sem cônjuge e com filhos menores de 14 anos (mães solteiras negras): 75,1% delas são consideradas pobres na Bahia, em comparação a 63% no Brasil, como um todo.
Renda
O rendimento médio domiciliar per capita de pretos ou pardos é cerca de 30% menor que o dos brancos no estado e quase metade (-47,3%) em Salvador.
Com relação a desigualdade salarial por cor ou raça na capital, o número supera a desigualdade causada pela informalidade, onde, trabalhadores brancos informais ganham, em média, 5,3% mais que pretos ou pardos formalizados.