‘Podem colaborar, mas não intervir’, diz Fachin sobre Forças Armadas nas eleições
Presidente do TSE deu declaração em evento nos Estados Unidos
Foto: Agência Brasil
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Edson Fachin, afirmou nesta quarta-feira (6), durante uma palestra em Washington, nos Estados Unidos, que as Forças Armadas podem colaborar, mas não intervir nas eleições. Atualmente, os militares integram a Comissão de Transparência das Eleições.
"Por razões do campo da política, haja quem queira transformar essa participação [das Forças Armadas] numa participação que, ao invés de ser colaborativa, seja praticamente interventiva. E, evidentemente, este tipo de circunstância nós não só não aceitamos, como não aceitaremos", afirmou Fachin. "Colaboração, sim. Intervenção, jamais", completou.
Ainda na palestra, Fachin disse que cabe somente à Justiça Eleitoral o papel de coordenação das eleições e a "ninguém mais". "Quem coordena as atividades eleitorais é a autoridade civil do Poder Judiciário Eleitoral. Ninguém mais. Ninguém mais. Diálogo, sim, e sempre. Mas mais do que isso significaria submeter a autoridade civil a qualquer tipo de outra autoridade", acrescentou.