Polícia Civil da Bahia solicita mais de 4 mil medidas protetivas no primeiro semestre de 2024
Ao Farol, delegada Heloísa Brito afirmou que a redução da violência contra a mulher ainda é um desafio
Foto: Farol da Bahia
A delegada-geral da Polícia Civil da Bahia, Heloísa Brito, afirmou nesta quarta-feira (17), em entrevista ao Farol da Bahia, que a redução dos casos de violência contra a mulher ainda é um desafio para o estado. Somente no primeiro semestre deste ano, mais de cinco mil inquéritos foram instaurados e 4.804 medidas protetivas foram solicitadas e deferidas pelo judiciário.
Além disso, um levantamento realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), revela que, entre 2017 e 2023, uma mulher foi vítima de feminicídio a cada três dias no estado.
Diante do aumento no número de feminicídios e casos de violência contra a mulher, Heloísa afirmou que a Polícia Civil tem alocado mais policiais para atuar em delegacias especializadas e capacitado os servidores.
"Nos últimos anos, a Polícia Civil tem criado núcleos especiais de atendimento à mulher. São estruturas menores, como delegacias no interior do estado, mas estamos também capacitando mais servidores. Com a chegada de 712 novos agentes, impulsionamos as delegacias de atendimento à mulher", destacou a delegada-geral.
"O trabalho de investigação desenvolvido pela Polícia Civil é intenso, com mais de 5.200 inquéritos e 4.804 medidas protetivas solicitadas e deferidas pelo judiciário. A situação da violência contra a mulher é complexa, pois envolve mudança de comportamento e necessidade de rede de apoio para proteger essas mulheres. É um trabalho contínuo. Mas, infelizmente, esses dados refletem uma realidade nacional", completou.