Polícia de Minas Gerais lança cartilha sobre criptomoedas com dicas para evitar golpes
Cartilha foi intitulada de “Criptomoedas: golpes e dicas de prevenção”
Foto: Reprodução/ Pexels
Visando evitar que mineiros caiam em golpes, a Polícia Civil de Minas Gerais vai lançar uma cartilha especial voltada para os investidores de criptomoedas e destinada a auxiliar interessados em criptoativos.
A cartilha chamada “Criptomoedas: golpes e dicas de prevenção” destaca que as atividades envolvendo criptoativos exigem conhecimento sobre o tema e que portanto, os investidores neste mercado não podem acreditar em propostas de lucros irreais.
“Os investimentos têm demonstrado valores expressivos nos últimos anos. E os golpes estão cada vez mais comuns. A garantia de valorização rápida é um indicativo de fraude, pois o preço da criptomoeda varia de acordo com a demanda de mercado”, afirmou a titular da Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor, delegada Danúbia Quadros.
De acordo com a delegada, entre as armadilhas mais comuns estão os sites impositores (phishing), criados para parecer uma empresa real e consolidada no mercado.Outro alerta é sobre aplicativos móveis falsos de criptomoedas, bem como empresas e corretoras falsas. Na lista, ainda, aparecem as pirâmides financeiras, esquemas fraudulentos que atraem investidores com a promessa de ganho rápido, rendimentos elevados e lucros garantidos.
Criptoativos demandam cuidados
Segundo a revista Exame, o advogado Rafael Marenco Barella, da área de tecnologia e propriedade intelectual do escritório Cescon Barrieu, fez um alerta sobre a regulamentação das criptomoedas no Brasil, que pode ajudar a eliminar muitas práticas fraudolentas no mercado.
“Uma das mais importantes foi uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul sobre a validade e eficácia da venda de um imóvel por meio de um Token. Dadas as inúmeras aplicabilidades da utilização deste meio e dos bens que podem ser Tokenizados, o Legislativo também tem se movimentado e o Senado já analisa um projeto sobre o assunto”, disse.
Ele se refere ao Projeto de Lei nº 3825/2019, aprovado em 22 de fevereiro na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e que visa a disciplinar os serviços referentes a operações realizadas com criptoativos em plataformas eletrônicas de negociação. Caso o projeto não tenha nenhum outro recurso, poderá seguir direto para a aprovação do plenário do Senado.