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Polícia europeia usa expressão 'cartel' para designar PCC no país

Segundo comunicado, uma operação desmantelou o grupo brasileiro 'que inundava a Europa com cocaína'

Por Da Redação
Ás

Polícia europeia usa expressão 'cartel' para designar PCC no país

Foto: Reprodução/Wikipedia

A Europol, polícia europeia, usou a expressão "cartel" para designar o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa nascida nos presídios de São Paulo na década de 90. O termo foi incluído em comunicado em relatório de maio de 2023 sobre uma operação contra o tráfico de drogas na Espanha e Portugal. 

"Uma operação policial internacional apoiada pela Europol levou ao desmantelamento de um cartel brasileiro que inundava a Europa com cocaína", diz trecho do comunicado. 

A operação foi um desdobramento de uma apreensão, em junho do ano passado, de 800 quilos de cocaína escondidos em um contêiner com sacos de açaí congelados saídos do Brasil, no porto de Sines, Portugal.

De acordo com a Europol, em entrevista ao portal R7, a razão para chamar o PCC de cartel é a concentração dentro do mesmo grupo criminoso das tarefas de venda e transporte de drogas para outros países e, sobretudo, ter pessoas da própria organização responsáveis pela lavagem do dinheiro.

"Os cartéis de drogas são grandes e sofisticadas organizações criminosas compostas de várias organizações e células de tráfico de drogas que se reúnem para controlar toda a cadeia do tráfico de drogas, incluindo transporte e lavagem de dinheiro. Como tal, o PCC é considerado um cartel de drogas pela Europol", explica a vice-porta-voz da polícia europeia, Claire Georges.

O órgão também foi perguntado sobre o mapeamento da quantidade de integrantes do PCC que vivem na Europa. "A Europol não pode fornecer nenhum comentário sobre a presença de membros do PCC na Europa especificamente. O que podemos dizer é que, nos últimos anos, o crime organizado brasileiro de forma mais geral tem tentado se estabelecer na Europa, particularmente quando se trata de tráfico de cocaína. Da mesma forma, as organizações europeias de narcotráfico estão cada vez mais presentes no Brasil", diz Claire Georges.

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