Polícia Federal abre novo inquérito contra Bolsonaro por relacionar vacina da Covid à Aids
Inquérito foi instaurado pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes
Foto: Reprodução/Alan Santos/PR
A Polícia Federal abriu um novo inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). A corporação vai investigar se o mandatário do país cometeu os crimes de epidemia, de infração de medida sanitária preventiva e de incitação ao crime.
Em uma das lives de quinta-feira, em outubro do ano passado, Bolsonaro relacionou a vacina contra a Covid-19 ao desenvolvimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids).
No ao vivo, o presidente alegou que “relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rapidamente do que o previsto”.
O inquérito foi instaurado a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que analisou a solicitação do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). A investigação da PF será conduzida pela delegada Lorena Lima Nascimento.
“A tipificação penal inicialmente aventada pela Polícia Federal, com fulcro no Requerimento nº 01586/2021, é da prática, em tese, por parte do Chefe do Executivo Federal, Jair Messias Bolsonaro, dos crimes de epidemia, de infração de medida sanitária preventiva e de incitação ao crime, previstos nos artigos art. 267, 268 e 286 do Código Penal”, diz a portaria da PF, obtida pelo Metrópoles.