Polícia Federal afirma que não houve estupro e morte de menina Yanomami
Segundo órgão, denúncia que mobilizou pedidos de socorro teve origem em um 'mal-entendido'

Foto: Divulgação
A investigação da Polícia Federal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, concluiu que são falsas as informações de que garimpeiros teriam estuprado e assassinado uma menina de 12 anos, da comunidade Aracaçá. As informações são da Metrópoles.
A instituição concedeu uma entrevista coletiva em Boa Vista nesta sexta-feira (6) para informar que a denúncia que mobiliza pedidos de socorro nos últimos dias teve origem num mal-entendido.
A Polícia Federal afirmou que a investigação e os depoimentos de indígenas da região revelaram que as informações sobre a violência teriam vindo de um vídeo institucional de uma ONG, que teria sido assistido por um indígena, que passou a informação oralmente a um parente.
“Este segundo indígena inferiu, a partir dos elementos que tinha, que membros de sua comunidade teriam sido vítimas da violência apresentada no vídeo. Tal fato o teria levado a entrar em contato com a liderança indígena responsável pela formalização da denúncia”, disse o órgão, através de nota.
A denúncia tem mobilizado as forças políticas no Brasil. O procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que “esclarecer o que realmente aconteceu é prioridade para o MPF”; a Câmara criou uma comissão externa para apurar o problema e senadores planejam viajar a Roraima na próxima semana.