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Polícia Federal diz que Telegram segue sem colaborar com investigações

Bloqueio do aplicativo foi revertido após a empresa assumir compromissos sobre moderação e combate à desinformação

Por Da Redação
Ás

Polícia Federal diz que Telegram segue sem colaborar com investigações

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O delegado Cléo Mazzotti, chefe da divisão de Repressão a Crimes Fazendários, da Polícia Federal (PF), área onde fica o setor responsável pelo combate aos crimes cibernéticos, informou que o Telegram segue sem apresentar "respostas efetivas" aos questionamentos da PF. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

No mês de março, o ministro Alexandre de Moraes acolheu pedido da PF e determinou o bloqueio da plataforma, medida que foi revertida após a empresa assumir compromissos sobre moderação e combate à desinformação.

“A PF ainda está tentando conversar com o escritório [que passou a representar o Telegram após a decisão do Supremo] para alinhavar caminhos, ver qual a melhor forma de encaminhar e ter os pedidos atendidos. O fato é que até o momento não estamos tendo respostas efetivas ao que foi solicitado [nas investigações]”, afirma Mazzotti.

O delegado declarou ainda que a equipe da PF já realizou reunião com os novos representantes da empresa, mas que as respostas dentro das investigações ainda são insuficientes.

A PF tem como foco principal estabelecer protocolos com as empresas de tecnologia sobre que tipo de conteúdo pode ser compartilhado com as autoridades. Além disso, definir quais informações podem ser liberadas por pedidos mais simples, como via ofício, e quais exigem decisão judicial.

Após o pedido de bloqueio do aplicativo, a PF argumentou que o serviço de mensagens tem sido utilizado com meio seguro para prática de crimes graves, como o compartilhamento de pornografia infantil.

Após a decisão do STF, o Telegram também firmou compromissos com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o combate à desinformação.

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