Polícia Federal indiciará presos no QG do Exército por crimes de terrorismo
Em seguida, os indiciados serão encaminhados para o sistema penitenciário do Distrito Federal
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A Polícia Federal informou nesta segunda-feira (9), que vai indiciar os cerca de 1.200 presos no acampamento do quartel-general do Exército por crimes contra a democracia e por terrorismo, dentre outros delitos.
De acordo com o órgão, todos irão prestar depoimento sobre suas participações nos atos realizados. Em seguida, serão encaminhados para o sistema penitenciário do Distrito Federal.
A atuação da PF é em cumprimento à ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou a desocupação do acampamento e a "prisão em flagrante de seus participantes". A desocupação foi realizada na manhã desta segunda-feira, um dia após os atos de invasão aos Três Poderes.
Os participantes do acampamento foram colocados em ônibus e enviados a uma área da PF em Brasília, onde a identificação deles está sendo realizada. De acordo com integrantes da PF, ao menos 36 ônibus chegaram ao local
O ministro Alexandre de Moraes escreveu, na decisão, que os participantes do acampamento do QG deveriam ser enquadrados nos crimes da Lei Antiterrorismo, que prevê penas de 12 a 30 anos de prisão, nos crimes contra o estado democrático, que têm penas de 4 a 12 anos de reclusão, além de associação criminosa, ameaça e incitação ao crime.