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Polícia investiga morte de jovem durante show de Luísa Sonza em Porto Alegre

A causa da morte só será apontada após uma perícia no corpo, que pode levar até 30 dias

Por Da Redação
Ás

Polícia investiga morte de jovem durante show de Luísa Sonza em Porto Alegre

Foto: Reprodução/Instagram

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga a morte de Alice Moraes, de 27 anos, durante o show da cantora Luísa Sonza, em Porto Alegre, no último sábado (16). A veterinária passou mal enquanto acontecia a apresentação, procurou atendimento na ambulância que estava no Pepsi On Stage, mas não resistiu.

A causa da morte só será apontada após uma perícia no corpo, que pode levar até 30 dias para ser concluída. Os envolvidos devem prestar depoimentos nesta quarta-feira (20).

"Quando chegaram os médicos, Samu, quarenta minutos após ela veio a óbito. Tinha um histórico de doença cardíaca. A informação que eu tenho é que ela só tinha ingerido uma cerveja. Então tudo isso nós vamos apurar", diz o delegado Alexandre Vieira.

A Opinião Produtora, que realizava o show, afirmou que seguiu todos os protocolos e exigências recomendados a qualquer evento de grande porte. Já a Transul, responsável pela ambulâcia que prestava o serviço de emergência no show, declarou que a paciente recebeu todo atendimento e assistência possível para a ocasião. 

Segundo a empresa, todos os protocolos foram seguidos, menos a remoção da paciente, porque ela faleceu durante o deslocamento do Samu. "Importante destacar que as empresas privadas necessitam de uma interação com o SAMU para efetuar a remoção de qualquer paciente", disse, em nota, a empresa.

Caso 

Camila Rodrigues, amiga de Alice, disse em entrevista ao "Bom Dia Rio Grande" (RBS TV) que a jovem começou a se sentir mal com apenas 30 minutos de apresentação e decidiu ir ao banheiro. Minutos depois, Camila teria recebido uma mensagem de Alice dizendo que estava na ambulância e foi até o local.

"Encontrei ela desacordada, sentada ao lado da ambulância numa cadeira branca deitada. Eu questionei para a enfermeira como ela tinha chegado ali e me mandado mensagem se estava desacordada, e a enfermeira relatou que ela própria escreveu a mensagem. Eles me falaram que encontraram ela desacordada no banheiro", disse a amiga.

A irmã dela, Andreia Moraes, que também estava no show, também reclama do atendimento.

"Não estava sendo atendida, não estava com acesso [para receber medicamento], não tinha tomado qualquer tipo de medicação, não estava sendo monitorada de nenhuma forma. Eu questionei a profissional se tinham dado alguma medicação, se tinham visto [os] sinais vitais. Ela disse que não seria necessário, que eles não podiam dar medicação, porque ela era ex-bariátrica, que a gente tinha que tirar ela dali porque ela já estava há muito tempo. Só precisava ir para casa dormir", resume.

Ao perceber a perda de sinais vitais de Alice, chamou outra vez a equipe médica. Só então eles teriam levado a jovem para dentro da ambulância e tentado um procedimento mais eficiente.

"Ela já estava roxa, com a boca roxa, já não tinha nenhum tipo de resposta. Eles me tiraram de dentro da ambulância para começar as manobras de ressucitação. Depois, sei lá, de uma meia-hora, chegaram duas ambulâncias: uma da mesma empresa e outra do Samu. Já tinha chegado polícia, enfim, mas ela já tinha ido a óbito", afirma a irmã.

O delegado responsável diz que é muito prematuro falar em negligência neste momento. No entanto, afirma que irá buscar mais informações, como o momento exato do fato, quanto tempo demorou o atendimento, quantas ambulâncias estavam no local e qual era o público presente, entre outros dados.

"Após as oitivas, após perícia, após colhermos todas as provas desse inquérito, nós vamos decidir pelo indiciamento ou não de alguém", aponta Vieira.

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