Polícia Militar abre investigação sobre denúncias de intimidação feitas a familiares de Moïse
Segundo parentes do congolês, os casos de intimidação ocorreram quando eles foram até o quiosque em busca de informações
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) abriu uma investigação para apurar as denúncias, feitas por parentes de Moïse Kabagambe, de intimidação por parte dos agentes, em mais de uma ocasião. A corporação chegou a declarar que a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga a morte do jovem, era responsável pela investigação. Porém, logo depois, abriu uma diligência própria.
A investigação foi aberta no final da semana passada e é conduzida pela 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (PJM). Foi solicitado à DHC uma cópia das imagens das câmeras de segurança do quiosque Biruta, local é vizinho ao Tropicália, onde Moïse foi espancado e morto. A cópia do depoimento do cabo Alauir de Mattos Faria, que era apontado como dono do quiosque vizinho ao Tropicália, também pedida pela PMJ.
Alauir foi chamado para prestar depoimento na sede da Delegacia de PMJ, assim como o cabo Leandro de Oliveira Rigaud e o soldado Cleiton Lamonica Senra, do 31º Batalhão (Recreio dos Bandeirantes), apontados como autores da intimidação.
Os familiares de Moïse contam que Rigaud e Senra foram até o quiosque em busca de informações e pediram os documentos dos parentes do congolês. Os PMs também disseram que o dono do estabelecimento não devia satisfações, pois o caso é investigado pela polícia. E pediram ainda para que os familiares fossem embora. Ainda dias depois, durante um protesto contra a morte de Moïse, os mesmos agentes teriam novamente pedido a documentação dos parentes.