Polícia pede prisão de motorista de carreta que provocou acidente com mais de 40 mortes em MG
Motorista da carreta estava com a CNH interditada e é caçado pela Polícia Rodoviária Federal
Foto: Divulgação/CBMMG
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) pediu à Justiça, neste domingo (22), a prisão do motorista que conduzia a carreta envolvida no acidente que matou pelo menos 41 pessoas na BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Mais de uma dezena de pessoas ficaram feridas na batida, que envolveu ainda um ônibus e um carro.
O motorista da carreta será indiciado porque não podia dirigir, já que estava com a Carteira de Habilitação Nacional (CNH) interditada e o automóvel rodava com excesso de bagagem. Depois do acidente, ele fugiu sem prestar socorro às vítimas.
Além das irregularidades na habilitação e no veículo, ele também não podia trafegar no local do acidente no horário em que a batida foi registrada. A carreta e o tacógrafo – equipamento que monitora velocidade e distância dos automóveis – foram levados para perícia.
O ônibus envolvido na batida não poderá ser periciado, por causa dos estragos provocados pelo acidente. Segundo a PRF, este foi o acidente com maior quantidade de mortes da história anotado em estradas federais no país desde 2008.
Acidente
O acidente aconteceu depois que um grande bloco de granito se desprendeu da carreta e caiu no ônibus, que pegou fogo e explodiu em seguida. O coletivo pertencia à Viação Emtram, seguia de São Paulo para a Bahia.
Inicialmente, os bombeiros informaram que o ônibus teria perdido o controle devido um pneu estourado. Mas, depois da análise da PRF, foi possível concluir que o acidente aconteceu depois da queda do bloco de granito do caminhão.
Depois do ônibus ser atingido, um carro de passeio colidiu contra a carreta. A três pessoas que estavam no veículo menor sobreviveram.
A maioria dos corpos foi carbonizada com o incêndio no ônibus, o que dificulta o trabalho de identificação das vítimas. Ao todo, o ônibus levava 45 passageiros.