Polícia prende Dr. Jairinho e mãe de Henry pela morte do menino
Investigação indica que vereador agredia criança com frequência e mãe tinha conhecimento da situação desde fevereiro
Foto: Reprodução
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na manhã desta quinta-feira (8), o vereador carioca Dr. Jairinho (Solidariedade) e Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto no dia 8 de março. Investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) confirmaram que o garoto foi assassinado.
Os investigadores descobriram que o vereador agredia o menino com chutes e golpes na região da cabeça e que a mãe tinha conhecimento da situação desde fevereiro.
O casal é também suspeito de atrapalhar as investigações e ameaçar testemunhas para combinar versões.
Os mandados foram expedidos na última quarta-feira (7), pelo 2º Tribunal do Júri da Capital. A prisão é temporária, pelo prazo de 30 dias.
Chance de acidente descartado
Desde o dia 8 de março, os policiais ouviram ao menos 18 testemunhas e levantaram provas técnicas que indicaram não ter chance de a morte ter sido acidental, o que foi dito pela própria mãe de Henry no termo de declaração na delegacia.
Além de dois laudos periciais, de necropsia e de local, feitos nas três visitas ao apartamento 203 do bloco 1 do Condomínio Majesti, na Cidade Jardim, na Barra da Tijuca, dados coletados dos telefones celulares do casal, que foi apreendido no dia 26, elaboraram um conjunto de elementos para justificar o pedido do delegado Henrique Damasceno, responsável pelas investigações.
Necropsia indicou ação violenta
A primeira e uma das provas mais importantes da investigação foi o laudo assinado pelo médico-legista Leonardo Huber Tauil, realizado depois de duas autópsias feitas no cadáver do menino, nos dias 8 de março.
Na descrição, o perito do Instituto Médico-Legal (IML) destaca que Henry sofreu "múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores", "infiltração hemorrágica" na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, apontou “grande quantidade de sangue no abdômen", “contusão no rim” e “trauma com contusão pulmonar”.
Ainda de acordo com o perito, a morte foi causada por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente [violenta]”.
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