Políticos baianos repudiam invasões a prédios públicos de Brasília

Políticos baianos foram até as redes sociais para repudiar as invasões de manifestantes em prédios públicos de Brasília. Os prédios que abrigam os Três Poderes da República do Brasil foram alvo ontem de um ataque inédito na história do país. Milhares de radicais, insatisfeitos com a vitória do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF. 

Os manifestantes foram expulsos pelas forças de segurança no final da tarde,  mas deixaram para trás prejuízos materiais ainda difíceis de serem calculados em prédios que são símbolos da Democracia brasileira. 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), declarou que os atos ocorridos no domingo não cabem mais “na democracia que está sendo construída no Brasil”. “A Bahia está atenta e vigilante aos atos antidemocráticos que aconteceram hoje [ontem] em Brasília. Acompanhei há pouco o embarque de 70 homens e mulheres da Polícia Militar que reforçarão a segurança na capital federal. A Bahia dará todo o apoio ao governo federal e tomaremos decisões necessárias para coibir qualquer atentado à democracia no nosso estado”, disse. 

Os 70 PM’s baianos enviados para Brasília irão ajudar a reforçar a segurança no Distrito Federal. A decisão do envio de agentes baianos foi tomada após a invasão do Palácio do Planalto e demais prédios públicos federais. 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), informou que os atos ocorridos no domingo são inadmissíveis. “O fortalecimento da nossa democracia passa pelo diálogo e pelo debate, não há outro caminho. Lamento estes atos antidemocráticos e espero que os responsáveis sejam identificados e punidos”, pontuou o gestor. 

O senador baiano Jaques Wagner, líder do PT no Senado, publicou nas redes que a manifestação ocorrida no domingo é, na verdade, atos de vandalismo, terrorismo e barbárie. “A violência contra o Congresso, o Palácio do Planalto e o STF, invadidos e depredados na tarde de hoje, não podem passar impunes. Precisamos de medidas duras e imediatas”, declarou. 

O também senador Ângelo Coronel (PSD-BA) também repudiou os atos: “Os 3 poderes precisam se unir para tomar todas as providências”. 

Em resposta aos atos ocorridos no domingo, a ministra de Estado da Cultura, Margareth Menezes, determinou a imediata diligência do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico (Iphan), nas atribuições que cabem ao órgão, para a avaliação e informação da destruição cometida nos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e demais espaços tombados. 

“O mundo assiste, estarrecido, à violência do terrorismo de extrema direita contra o estado democrático brasileiro. A dilapidação do patrimônio público e da consciência livre do nosso povo não será tolerada. Os culpados serão identificados e rigorosamente punidos na forma da lei”, informou a ministra. 

Deputada federal pelo PCdoB, Alice Portugal pediu punição para os bolsonaristas que invadiram os prédios dos três poderes na capital federal. "É preciso uma ação urgente das forças de segurança. Querem atropelar a democracia! Que os mandantes e financiadores desse absurdo sejam identificados e responsabilizados com urgência", escreveu.

O deputado estadual Alex Lima (PSB) pediu intervenção no governo de Brasília. "Intervenção urgente no governo do DF. Não tem mais condições de se manter, depois dessa clara omissão com os terroristas de plantão", declarou.

O deputado federal Jorge Solla (PT) responsabilizou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, pela facilidade com que os extremistas conseguiram acesso à praça dos Três Poderes. "Inconteste a responsabilidade do governador Ibaneis Rocha, do DF. Inteligência federal sabia da ameaça e alertou o GDF, que garantiu que tomaria medidas e não o fez. Ao contrário, imagens aparecem de todos os lados de policiais ajudando manifestantes. Quem tem culpa vai pagar", afirmou.

Adolfo Viana (PSDB), líder do PSDB na Câmara dos Deputados,  repudiou a invasão ao Congresso Nacional, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Manifestações pacíficas são legítimas e fazem parte do regime democrático. No entanto, a invasão e a destruição de prédios que representam a democracia brasileira são inadmissíveis. Não irão alterar o resultado do processo eleitoral e tampouco contribuir para a pacificação tão necessária para o Brasil seguir em frente. Os responsáveis por esses atos criminosos precisam ser identificados e punidos", disse.

O deputado federal Cacá Leão (PP) afirmou que o processo democrático eleitoral precisa ser respeitado. "Repudio veementemente as invasões em Brasília. A democracia, a Constituição e a lisura do pleito eleitoral precisam ser respeitadas e preservadas, independentemente do resultado eleitoral", afirmou.