Por causa da quarentena, ex-casal volta a morar junto para não se afastar dos filhos

Devido à quarentena voluntária adotada no país para evitar a disseminação do coronavírus, alguns casais precisaram fazer ajustes na guarda compartilhada dos filhos e outros até chegaram a voltar a morar juntos para o bem-estar das crianças.

Em entrevista ao site Extra, o publicitário Rodrigo Neves, de 37 anos, disse que voltou a morar com a ex para garantir o bem-estar da filha de seis anos. Segundo ele, junto com a ex-companheira, criam a criança em uma casa no bairro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e alternavam os dias na casa para ficarem com a filha.

Ainda segundo o publicitário, que atualmente está saindo com uma outra mulher, a aproximação fez com que os dois ficassem confusos com relação ao sentimento. Segundo ele, a separação ocorreu recentemente. " Clara está amando ver a gente aqui junto o tempo todo. Logo na primeira semana já começou uma reaproximação. Isso me confundiu no processo, pela questão da família, da filha. A gente acabou transando. Fomos ver um filme juntos, nossa filha veio dormir com a gente depois. Mas os últimos meses foram muito sofridos para nós dois. Acho que vamos ter que rever essa decisão de passar a quarentena juntos", comentou.

A educadora parental Marina Gomes, revelou que é preciso manter uma relação transparente com os filhos caso o casal decida a voltar morar junto durante a quarentena, mas com a separação conjugal.  "O primeiro passo é explicar para a criança que não são mais um casal, mas continuam como um time, uma família, e sempre serão. E, em momentos de crise, o time se une para um melhor resultado. De forma bem prática, dizer para a criança que o papai e a mamãe, ou a mamãe e a mamãe ou o papai e o papai não namoram mais, mas serão sempre papai e mamãe, ou qualquer que seja a parentalidade exercida", afirmou.

Para ela, também é fundamental que o ex-casal divida espaços e tarefas de cada um dentro da casa. "Para começar, onde cada um dorme, o que cada um faz, quando e como. Exemplo: quem cozinha ou lava, horários divididos de home office e brincadeiras individuais e coletivas com a criança. E lembrar que a escolha de ficar ou não junto é dos pais e que conflito só tornará o processo mais doloroso para todos", completou.