Posse de Paulo Gonet gera renúncias de destaque no MPF
Posse como o novo representante da Procuradoria-Geral da República (PGR) ocorre nesta segunda (18)
Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE/Flipar
A posse de Paulo Gonet como o novo representante da Procuradoria-Geral da República (PGR) ocorre nesta segunda-feira (18), mas antes mesmo do evento, mudanças significativas já reverberam no Ministério Público Federal (MPF) e na própria PGR.
Antes da cerimônia, dois profissionais do órgão surpreenderam ao colocarem seus cargos à disposição. Carlos Frederico Santos, subprocurador encarregado de coordenar o Grupo Estratégico de Combate aos Atos do 8 de janeiro, e a vice-procuradora Ana Borges Coêlho anunciaram as saídas na sexta-feira (15).
Santos, que representa a PGR em investigações sensíveis, como a delação de Mauro Cid e agressões a Moraes no aeroporto de Roma, é um dos responsáveis por dois inquéritos relacionados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Por sua vez, Coêlho teria desagradado o ministro ao requisitar cópias das cenas de agressão vivenciadas por ele e sua família no aeroporto.
Especula-se que a renúncia dos subprocuradores tenha sido motivada, em parte, pela possível preocupação em não apoiar um alinhamento do MPF com o Supremo Tribunal Federal (STF). Isso contrasta com a proximidade de Gonet com os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, conforme relatado pela coluna de Malu Gaspar no O Globo.