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Postagens com ataques ao STF e desinformação foram os principais recursos para cassação do mandato de Carla Zambelli; confira

Zambelli se posicionou sobre o caso e disse que vai recorrer à decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Postagens com ataques ao STF e desinformação foram os principais recursos para cassação do mandato de Carla Zambelli; confira

Foto: Reprodução/Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados

O relator do caso que resultou na cassação do mandato da depetuda federal Carla Zambelli (PL-SP), na última quinta-feira (30), Encinas Manfré, atribuiu uma série de publicações feitas pela deputada à decisão que a torna inelegível por oito anos. De acordo com o relator, Zambelli conscientemente atuou para difundir informações fraudulentas” e promoveu “incitação de animosidade e hostilidade contra o sistema eleitoral e membros do Poder Judiciário antes e depois do período eleitoral”.

Entre uma das postagens citadas, Zambelli utilizou das redes sociais para comentar sobre o material divulgado na capa da Revista Oeste, no dia 19 de fevereiro de 2022.

"A legenda é com vocês...

Para todos verem: a imagem mostra a capa da Revista Oeste, edição 100 de 18/02/2022 com uma foto do ministro Barroso [Luís Roberto Barroso], do Supremo Tribunal Federal (STF), e os seguintes textos: 'eles querem o Tumulto. Barroso, Fachin e Alexanfre comandam no STF o mias feroz partido de oposição a Bolsonaro - Por Augusto Nunes.'

(A deputada também disponibilizou o link para que os seguidores tivessem acesso a edição)", publicou a deputada.

Ao analisar a publicação, o desembargador afirmou que Zambelli "externou tentativa de deslegitimar a atuação desses ministros do colendo Supremo Tribunal Federal, aos quais, então, imputara atuação tendenciosa e partidarizada".

Em uma outra postagem, em abril de 2022, a parlamentar questionou a eficiência das urnas eletrônicas com uma informação modificada retirada de um ofício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encaminhado ao Exército em fevereiro de 2022.


Confira a publicação completa na íntegra:

"- O TSE, por portaria, convidou as Forças Armadas a explicitar e apontar possíveis falhas nas urnas eletrônicas e no sistema de totalização de votos, que até então eram tidos como inexpugnáveis.
- Certamente o ministro Barroso, então presidente do TSE, não fazia a menor idéia da capacidade das FFAA em analisar um assunto tão técnico.
- As FFAA têm o Instituto Militar de Engenharia (IME) e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) que, dentre outras instituições congêneres, formam o que há de melhor na área tecnológica brasileira em proveito da defesa nacional.
-  O Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber), que integra militares das 3 Forças, possue um profundo conhecimento de Tecnologia da Informação (TI), Segurança Cibernética e outros segmentos de interesse ligados à defesa no ciberespaço, tema sensível para a manutenção da nossa soberania.
- Pois foi justamente o ComDCiber que fez "questionamentos tão complexos" ao TSE. O órgão máximo das eleições mostrou-se nitidamente surpreendido e constrangido com a capacidade daquele Centro de Defesa em detectar pontos "falhos" em seu "excelso programa".
- Talvez, no TSE ninguém tivesse conhecimento da capacidade analítica dos militares. E que também as FFAA não aceitariam quaisquer explicações dos técnicos do TSE. 
- Talvez, o TSE achava que poderia usar as FFAA para dar ares de legalidade nas eleições. O TSE acabou em um beco sem saída, pois querendo ou não, tem que aceitar os questionamentos das FFAA, ou ...
- E o pior, quem está cobrando não é uma ONG, ou qualquer órgão sem nenhum poder de expressão, e sim uma instituição com a maior credibilidade junto ao povo, cujo Chefe Supremo é o maior interessado na lisura das eleições. 
- A verdade: TSE confessa que as eleições de 2018 ocorreram com "712 riscos".
- Desde então, nada fizeram para zerar esses riscos. Imaginem a confiabilidade das eleições anteriores.
- O que teme o TSE em não aceitar discutir, publicamente, o teor do Inquérito de 2018, que nunca foi sigiloso e que claramente comprova que o sistema do TSE foi invadido?
- Por que esconder da população as informações sobre os hackers que, por 8 meses, navegaram pelos computadores do Órgão, usando inclusive a senha de um ministro?
- Por que o ministro Barroso interferiu pessoalmente na Câmara contra a PEC do voto impresso?
- Se Barroso, Fachin e Alexandre não têm interesse em eleger Lula, por que relutam em aceitar medidas que garantem a lisura nas eleições?"

Sobre a postagem, o TSE confirmou a veracidade dos 712 riscos, mas informou que é falsa a informação de que o órgão não atuou para zerar os casos. O relator ainda afirmou que Zambelli “reitera ataques infundados contra o sistema eleitoral” na publicação.

De acordo com o relatório, a deputada também publicou um vídeo no qual aponta falsas irregularidades sobre o procedimento de carga e lacração de urnas eletrônicas no municíprio de Itapeva, em São Paulo. Zambelli ainda havia sugerido que as urnas eletrônicas estariam sendo manipuladas em um sindicato relacionado com Lula e com o PT.

Em defesa, Zambelli afirmou que vai recorrer à decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), e disse que vai "continuar representando os eleitores até o encerramento dos recursos cabíveis".


Confira a íntegra do posicionamento de Carla Zambelli:

"Hoje, o TRE-SP entendeu por anular os votos de 946.244 cidadãos paulistas e cassar meu mandato de deputada federal.

Essa decisão não tem efeitos imediatos, e irei continuar representando São Paulo e meus eleitores até o encerramento dos recursos cabíveis.

Fica claro que a perseguição política em nosso país, contra os conservadores, é visível como o Sol do meio-dia.

Continuarei a lutar todos os dias de minha vida ao lado de vocês, para que tenhamos a esperança de um Brasil próspero e digno para o povo brasileiro."

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