Economia

Poupança tem saída líquida de R$ 15,47 bilhões em 2024, mostra BC

A saída de recursos da poupança foi menor do que no ano anterior, quando foram resgatados R$ 87,82 bilhões

Por FolhaPress
Ás

Atualizado
Poupança tem saída líquida de R$ 15,47 bilhões em 2024, mostra BC

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

Os brasileiros sacaram R$ 15,47 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança em 2024, divulgou nesta quarta-feira (8) o Banco Central.

A saída de recursos da poupança foi menor do que no ano anterior, quando foram resgatados R$ 87,82 bilhões (em termos nominais). O resultado de 2024 foi o melhor em quatro anos nessa modalidade de investimento. Em 2020, houve entrada líquida de R$ 166 bilhões (valor da época, sem correção).

No acumulado do ano passado, as retiradas totalizaram R$ 4,212 trilhões, enquanto os depósitos somaram R$ 4,197 trilhões.

Em 2024, foram registrados resultados negativos na poupança em boa parte do ano, exceto nos meses de março, maio, junho e dezembro. O pior desempenho do ano passado ocorreu em janeiro, com a saída líquida de R$ 20,15 bilhões.

Em dezembro, a captação líquida (diferença entre entradas e saídas de recursos) foi positiva em R$ 4,96 bilhões. Normalmente, a caderneta de poupança tem resultado positivo na reta final do ano em razão do pagamento do 13º salário.

A rentabilidade atual da caderneta de poupança é dada pela TR (taxa referencial) mais uma remuneração fixa de 0,5% ao mês. Isso deixa a remuneração mais baixa do que outros investimentos de renda fixa. O indicador é calculado pelo BC com base nas taxas de juros das Letras do Tesouro Nacional e tem flutuação diária.

Esta fórmula vale enquanto a taxa Selic estiver acima de 8,5% ao ano —a taxa básica de juros está atualmente em 12,25% ao ano. Quando a taxa de juros está menor ou igual a 8,5% ao ano, o investimento é limitado a 70% da taxa, acrescida da TR. A mudança na regra da poupança ocorreu em dezembro de 2021.

Em termos nominais, o recorde negativo foi registrado em 2022, quando foram retirados R$ 103,24 bilhões a mais do que o dinheiro depositado pelos correntistas.

O fluxo de recursos na poupança passou a acumular retiradas líquidas significativas desde 2021, quando o poder de compra do brasileiro caiu diante de uma inflação de dois dígitos e de um intenso choque de juros.

Em dezembro de 2024, o estoque da poupança ficou em R$ 1,03 trilhão, ante R$ 1,02 trilhão no mês anterior. No fim de 2023, o volume total aplicado era de R$ 983 bilhões.
 

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