Prejuízos por depredação no Planalto podem passar de R$ 8,5 milhões
Iphan aguarda perícia e limpeza dos prédios para fazer levantamento mais minucioso
Foto: Secom / Reprodução
Técnicos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) estiveram no Palácio do Planalto, em Brasília, para fazer um levantamento dos danos causados por manifestantes contrários à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A instituição ainda aguarda a perícia e limpeza dos prédios dos Três Poderes para fazer um levantamento mais minucioso. Entretanto, um primeiro balanço já feito no acervo aponta que os prejuízos podem passar de R$ 8,5 milhões aos cofres públicos.
De acordo com o ministro de Comunicação, Paulo Pimenta, os tapumes não serão colocados no Palácio do Planalto para que o trabalho continue normalmente. Ainda não foram divulgados os custos para recolocação das vidraças quebradas no prédio. Dentre as obras afetadas estavam a Bandeira do Brasil (1995), de Jorge Eduardo, que ficava no térreo do prédio. A galeria dos ex-presidentes, com fotos de todos os ex-mandatários da República, também foi completamente destruída. No segundo andar do prédio, há muitos quadros rasurados e quebrados, especialmente fotografias.
No terceiro andar, o painel As Mulatas (1962), de Di Cavalcanti, principal peça do salão, foi encontrado com sete rasgos de diferentes tamanhos. A obra é uma das principais e mais importantes da produção de Di Cavalcanti e seu valor está estimado em R$ 8 milhões, mas peças de tal magnitude costumam ter valores até cinco vezes superiores a esse quando vendidas.