Presidente da Capes nega 'instabilidade' após saída de 52 pesquisadores
Seis coordenadores renunciaram aos mandatos em apoio a 48 pesquisadores que pediram demissão
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), Cláudia Toledo, negou, em entrevista ao O Globo, que a saída de 52 pesquisadores ligados à avaliação das áreas de Matemática, Probabilidade e Estatística (Mape), e de Física e Astronomia crie "instabilidade" na instituição.
Na entrevista, a presidente do Capes nega uma crise semelhante à que ocorreu no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), quando 37 servidores pediram exoneração de seus cargos. "Não há temor", afirmou Toledo.
Segundo informações do O Globo, seis coordenadores renunciaram a seus mandatos de avaliação. Em apoio, outros 48 pesquisadores ad hoc, que atuam como consultores na avaliação, também saíram. Cláudia Toledo Cláudia adotou uma postura conciliatória e fez um apelo para que os pesquisadores permanecessem nos cargos, mas não obteve sucesso.
Na entrevista ao O Globo, a presidente rebate um dos argumentos citados pelos pesquisadores de que a Capes não defendeu sua própria avaliação, que foi suspensa por ordem judicial em setembro. Segundo ela, a coleta de informações exigidas pela Justiça foi "penosa" e demandou tempo dos coordenadores de área.
Toledo negou ainda que tenha havido pressão da presidência da Capes para acelerar processos relacionados à Apresentação de Propostas de Cursos Novos (APCN) em Educação à Distância. A presidente disse que caso os pesquisadores não queiram retomar suas atividades, a Capes chamará os pesquisadores mais votados na eleição para coordenação de área.