Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, retorna ao cargo após decisão liminar do STF
Gilmar Mendes atende a ação do PCdoB e aponta risco de exclusão da seleção olímpica de futebol
Foto: Thais Magalhães/CBF/Divulgação
Ednaldo Rodrigues reassume a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vinte e sete dias após ser afastado por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A mudança aconteceu com uma decisão liminar de Gilmar Mendes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta a uma ação Direta de Inconstitucionalidade apresentada pelo PCdoB na semana passada.
A ação do partido alertava para o risco de o Brasil ser impedido de disputar a Olimpíada de Paris deste ano devido à intervenção na CBF determinada pelo TJ-RJ em 7 de dezembro de 2023. Os advogados do PCdoB argumentaram que o prazo para inscrição da seleção olímpica no torneio pré-olímpico, classificatório para os Jogos, terminaria na sexta-feira (5) e a Fifa não aceita inscrições feitas por interventores.
Gilmar Mendes concordou com a argumentação, destacando o risco de a seleção olímpica ficar de fora dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Na sentença, o ministro afirmou sobre o prazo.
"Esgota-se amanhã o prazo para inscrição da Seleção Brasileira de futebol, atual bicampeã olímpica, no torneio classificatório para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, ato que pode vir a ser inviabilizado se praticado por dirigente não acreditado pelas instituições internacionais competentes (Conmebol e Fifa).", diz um trecho.
A decisão liminar de Gilmar Mendes está em vigor, mas aguarda confirmação pelo plenário do STF em uma data posterior. A expectativa é que a decisão seja ratificada, permitindo o retorno de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF.