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Presidente da Comunidade Congolesa no Brasil reage a falas de Sérgio Camargo sobre Moïse

Fernando Mupapa pede exoneração do presidente da Fundação Palmares

Por Da Redação
Ás

Presidente da Comunidade Congolesa no Brasil reage a falas de Sérgio Camargo sobre Moïse

Foto: Reprodução/Facebook

Após as declarações do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, sobre a morte do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, assassinado brutalmente em um quiosque no Rio, o presidente do grupo Comunidade Congolesa no Brasil questionou "ele conhecia o Moïse?".

Mais cedo, Camargo afirmou que o crime não foi motivado por racismo e afirmou que o congolês "andava e negociava com pessoas que não prestam" e que "foi um vagabundo morto por vagabundos mais fortes". O primo de Moïse também repudiou as falas do presidente da Fundação Palmares.

“Ele disse que o Moïse era vagabundo. Ele conhecia o Moïse? Só vagabundo conhece vagabundo. E ele é o maior vagabundo de todos. Não merece estar onde está. Ele não está representando ninguém”, afirmou o primo de Moïse, Yannick Iluanga Kamanda ao jornal O Globo.

O presidente do grupo Comunidade Congolesa no Brasil, Fernando Mupapa, afirmou que Camargo precisa "aprender a ser gente" e pediu exoneração dele do cargo.

“Ele é um parasita que se diz negro. Não é um ser humano. Se fosse, deveria ter um pingo de respeito e dignidade para falar assim sobre uma pessoa que foi brutalmente assassinada”,  disse.  “A morte do  Moïse causou dores na família e no mundo inteiro, independentemente da raça, todos rechaçaram esse crime”, complementou.

“Essas falas não mexeram apenas com a nossa família, mas com todo o movimento negro, com a comunidade do Congo no Brasil e com todos os africanos e imigrantes refugiados que vivem aqui”, explicou.

Além disso, Mupapa afirmou que é uma vergonha ter Camargo à frente da Fundação Palmares. “Tem que expulsar esse parasita do cargo que está ocupando. Em nome da Comunidade Congolesa no Brasil, repudio essa pessoa e peço a destituição dele desse cargo. Ele é um parasita no meio dos negros. Ele é uma vergonha. É como se fosse o negro que o colonizador usava para maltratar outros negros e, por isso, se achava melhor que os outros", concluiu. 

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