Presidente de estatal e família de ex-senador estão entre suspeitos em vacinação irregular contra a Covid em MG
Envolvidos em suposta vacinação denunciada por revista estão sendo ouvidos pela PF

Foto: Reprodução/InfoMoney
O jornal O Estado de São Paulo (Estadão), revelou nesta sexta-feira (16) ter tido acesso ao relatório da Operação Camarote, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para investigar denúncia de vacinação contra a Covid-19 clandestina de empresários em Belo Horizonte (MG) após denúncia feita pela revista Piauí.
O documento mostra que a mãe do deputado federal Diego Andrade (PSD), líder da maioria na Câmara dos Deputados e coordenador da bancada do estado na Casa, está entre as pessoas que foram supostamente imunizadas.
A mãe do parlamentar, Cléia Terezinha de Andrade, é irmã do ex-senador e empresário do setor de transportes Clésio Andrade. O documento cita também que outros dois irmãos do ex-parlamentar, Clenir José de Andrade e Clever Soares de Andrade, também teriam utilizado o serviço.
Além deles, há ainda menções sobre a participação de Bruna Barbosa de Faria Brito, filha da ex-mulher de Clésio, Adriene Barbosa, ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) e ex-prefeita de Três Pontas, falecida em 2018.
Além dos parentes do ex-senador, já prestaram ou vão prestar depoimento à PF o presidente da Companhia de Gás de Minas Gerais, (Gasmig), Pedro Magalhães Bifano, irmão do deputado estadual João Magalhães, e empresários dos setores de transporte e têxtil de Minas Gerais. Clésio Andrade depôs na última quarta-feira (14).
Por nota, o deputado Diego Andrade afirmou que na data da "suposta vacinação" estava em Brasília (DF), e que responde somente pelos seus atos, pelos de seus filhos menores, "e ninguém mais". Disse ainda que defende a imunização regular e aguarda sua vez para ser vacinado "como todo brasileiro deve fazer".