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Presidente de sindicato dos médicos faz alerta em artigo sobre o número de mortes por Covid-19

Representante da ala médica do Rio Grande do Sul atribui a situação ao "desleixo com a saúde pública"

Por Da Redação
Ás

Presidente de sindicato dos médicos faz alerta em artigo sobre o número de mortes por Covid-19

Foto: Reprodução/Internet

Nesta segunda-feira (15), um artigo de autoria do cirurgião plástico Kleber Fisch, presidente do SindMed (Sindicato dos Médicos) do Vale do Sinos de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, colocou sob suspeita prefeitos e governadores que supostamente estariam desviando recursos públicos destinados para a saúde.

O artigo foi publicado em espaço pago no Jornal NH e de acordo com apuração feita pelo Portal Martin Behrend junto a alguns profissionais ligados ao sindicato, a opinião na coluna é de responsabilidade exclusiva do presidente e não de toda a classe médica da região. Confira abaixo a integra do texto.

QUEM ESTÁ MORRENDO

Com a guerra de interesses e informações devemos avaliar com muito cuidado as estatísticas que são apresentadas diariamente por todos os meios jornalísticos e oficiais. Para quem vive em num país com uma grande porcentagem de analfabetos e, muito mais alta ainda de analfabetos funcionais, aqueles que sabem ler mas não compreendem o sentido ou informações contidas num texto, temos a obrigação de esclarecer os números da Covid19.

Voltando aos analfabetos, quem pensa que isto é uma indicação de pessoas de baixa renda ou pouco esclarecidas se engana. Temos hoje acima de 30% de formandos de nível superior sem as mínimas condições de exercer plenamente a profissão a qual se propuseram aprender. Quanto aos números, assim como as palavras, podem ser manipulados. Iniciamos com o "apavorante" número de mortos no Brasil destacado pela mídia, mostrando que estamos em terceiro lugar no mundo.

Na realidade sempre estaremos em primeiro entre os números totais de casos e mortes em qualquer patologia, pelo simples fato de que somos um dos cinco maiores países do mundo. O que realmente importa é o número de óbitos por milhão de habitantes, e neste quesito estamos em 22º, significando o bom sinal uma alta taxa de recuperação e cura entre os infectados.

Agora vamos analisar os dados daqueles que faleceram. A maioria está acima dos sessenta anos e alguns entre quarenta e sessenta. Quando individualizados estes casos, em noventa por cento eles associam-se a outras patologias severas. Isto significa que se estas pessoas forem acometidas por eventos cirúrgicos, pneumonias, fraturas e outros semelhantes, a chance de morte é igual ou superior ao contato com o Covid-19.

Naqueles acima de 85 anos, mesmo saudáveis, qualquer doença tem alto risco de morte nesta faixa etária. Nos mais jovens 95% tem comorbidades severas. Dentre estas comorbidades está um percentual alto de sequelas de AVC, câncer terminal, diabetes severas, patologias cardíacas e outros. Quanto aos sãos, existe um percentual de cardíacos graves não diagnosticados.

Quando eliminados todas estas pessoas, já com alta probabilidade de morte em suas vidas naturais sobra cerca de um caso por mil habitantes, que morrerem exclusivamente pelo Vírus. Esta taxa real é igual ou menor do que muitas patologias importantes ou acidentes no Brasil.

Então porque tamanho alvoroço dos governos municipais ou estaduais? A resposta está no baixo investimento na área física de hospitais, equipamentos e especialmente no aparelhamento humano. Com a demanda por internações aumentando, seria exposto o desleixo com a saúde pública.

Nos obrigam a acreditar nessa versão apocalíptica, quebraram pequenas e grandes empresas, arrasaram nossa economia por pelo menos cinco anos e, ainda pior, quando receberam verbas de apoio federal, as desviam de todas as maneiras para lucros pessoais. Pelo menos descobrimos os verdadeiros vilões!

Um abraço. Kleber Fisch - Presidente

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