Presidente do BNDES sugere taxar as bets para elevar a arrecadação

Mercadante enxerga a proposta como uma alternativa para não aumentar o IOF

Por Da Redação, Agência Brasil
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Presidente do BNDES sugere taxar as bets para elevar a arrecadação

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Aloizio Mercadante, foi a favor do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), comunicado na última quinta-feira (22) pelo governo federal. Em evento sobre a indústria brasileira, nesta segunda-feira (26), Mercadante falou das críticas realizadas por setores como o empresarial e afirmou que é necessário apresentar alternativas e não somente criticar as medidas. 

Durante o discurso, o presidente disse que uma possível alternativa seria elevar os impostos sobre as apostas esportivas, as bets. 

“O ministro [da Fazenda, Fernando] Haddad tem que entregar o orçamento fiscal. É a responsabilidade dele. Então, tem que dizer qual é a alternativa. Eu já faço uma sugestão pública aqui: vamos aumentar os impostos das bets, que estão corroendo as finanças populares. A gente poderia, com isso, diminuir, por exemplo, o impacto do IOF e criar alternativa”, afirmou.

Após o evento, Mercadante concedeu uma entrevista à imprensa em que disse que o aumento da IOF junto com a estabilização do dólar, seria importante para que o Banco Central (BC), realize uma diminuição "segura, progressiva e sustentável" da taxa básica de juros, a Selic. 

O governo federal comunicou alterações nas alíquotas de IOF, na última quinta-feira (22), como o aumento do imposto sobre crédito para empresas, que era de 1,88% e passará a ser de 3,95% ao ano. Outras medidas anunciadas, foram anuladas, devido as várias críticas que recebeu, exemplo do aumento de 1,1% para 3,5% da alíquota sobre a compra de moeda em espécie e remessa para conta de contribuinte brasileiro no exterior. 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), esteve no mesmo evento que Mercadante nesta segunda-feira (26) e em entrevista ele disse que o governo irá definir até o final de semana, alternativas para compensar os recuos sobre a elevação de algumas alíquotas do IOF.

“Temos até o final da semana para decidir como vamos compensar, se é com mais contingenciamento ou com alguma substituição”, afirmou Haddad.

Em relação as críticas sobre o aumento do custo do crédito devido à alta do IOF, o ministro afirmou que o aumento da taxa básica de juros também “aumenta o custo do crédito e nem por isso os empresários deixam de compreender a necessidade da medida”. Ele também fez uma comparação com o governo anterior, dizendo que as alíquotas, naquele momento, eram ainda maiores.

“Queremos resolver isso o quanto antes, o fiscal e o monetário para voltar a patamares adequados tanto de tributação quanto de taxa de juros para o país continuar crescendo”, finalizou Haddad. 


 

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