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Fundador do Grupo Gay da Bahia defende Nikolas Ferreira, acusado de transfobia

Em entrevista ao Farol da Bahia, Luiz Mott afirmou que deputado não cometeu crime

Por Da Redação
Ás

Fundador do Grupo Gay da Bahia defende Nikolas Ferreira, acusado de transfobia

Foto: Reprodução / Redes sociais

O fundador do Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, usou as redes sociais na quinta-feira (9) para defender o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), acusado de transfobia. No Dia Internacional da Mulher, celebrado na última quarta-feira (8), o parlamentar usou uma peruca para discursar na tribuna da Câmara dos Deputados e dizer que se sentia uma mulher transsexual. 

Embora o Ministério Público Federal (MPF) tenha pedido para a Câmara investigar o deputado por transfobia, Mott afirmou que Nikolas não cometeu crime. “Tenho insistido que não basta ter identidade de gênero feminina ou se sentir mulher para usar wc feminino. Tem de ostentar papel de gênero feminino, estereótipos femininos culturalmente identificados pelas próprias mulheres, medida crucial para proteger as mulheres de assédio machista. esse deputado não cometeu crime algum! Discurso transfóbico ‘oscambau’!”, diz a publicação.

O posicionamento do fundador do Grupo Gay da Bahia gerou uma onda de críticas na internet. Em entrevista ao Farol da Bahia, Mott defendeu sua postura. “Considero que a opinião deste deputado a respeito das transexuais e da transexualidade não constitui um crime, muito menos um ilícito ético para ser julgado pela Câmara", reforçou.

“O que ele [Nikolas] falou corresponde à realidade. Não basta um indivíduo se considerar mulher e dizer que tem identidade feminina se ele socialmente continua aparecendo e vivendo como um homem. A sociologia e a antropologia distinguem a identidade de gênero, que é o que a pessoa sente, e o papel de gênero”, continuou.

“Não basta o indivíduo dizer que é mulher, mas continua usando barba e estereótipo masculino. É a mesma coisa que um branco dizer que tem identidade negra. Como ele vai dizer que foi vítima de racismo se ele não tem o estereótipo e o fenótipo da raça negra? Apesar de nós sermos solidários com todas as travestis e transexuais, neste caso é fundamental que para usar um banheiro feminino se apresente como mulher”, concluiu. 

Correção

Na matéria publicada no dia 11 de março, citamos que Luiz Mott seria presidente do Grupo Gay da Bahia, quando o correto seria afirmar que ele é Fundador do GGB. Por está razão, pedimos desculpas pelo erro. Ainda em razão disso, deixamos em aberto o espaço para o GGB para qualquer posicionamento para a declaração do fundador do Grupo

*Matéria atualizada em 12 de março, às 16h56.

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