Presidente-executivo do Twitter defende decisão de banir Trump
Entretanto, chefe de rede social diz que decisão abre "precedente perigoso"
Foto: Reprodução/Canaltech
O presidente-executivo do Twitter, Jack Dorsey, usou a própria conta na rede social na última quarta-feira (13) para defender a decisão de bloquear permanentemente a conta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da plataforma. Dorsey disse que "não celebra ou sente orgulho" de banir Trump, mas que acredita que essa foi "a decisão correta". A suspensão da conta do republicano aconteceu na última sexta-feira (8), sob alegações de que seus posts recentes incitavam a violência, dois dias depois de apoiadores do presidente dos Estados Unidos invadirem o Congresso, em ato que resultou em 5 mortes. A página pessoal de Trump no Twitter tinha quase 89 milhões de seguidores e era o principal meio de comunicação dele com o público.
I do not celebrate or feel pride in our having to ban @realDonaldTrump from Twitter, or how we got here. After a clear warning we’d take this action, we made a decision with the best information we had based on threats to physical safety both on and off Twitter. Was this correct?
— jack (@jack) January 14, 2021
O executivo disse ainda que a decisão abriu "um precedente que acha perigoso", citando o poder que um indivíduo ou corporação pode ter sobre a conversa pública ao redor do mundo. Segundo ele, se as pessoas não concordassem com as regras do Twitter, poderiam procurar outro serviço na internet, mas que esse conceito foi desafiado na última semana, citando a decisão de provedores de internet se recusarem a hospedar a rede social Parler, utilizada por apoiadores do presidente americano Donald Trump. Em sua sequência de tuítes, Dorsey afirmou que uma alternativa descentralizada seria a melhor opção para uma "internet livre e aberta", e citou o Bitcoin como modelo.