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Presidente mexicana propõe alterar nome dos EUA para 'América Mexicana' depois de Trump sugerir renomear Golfo do México: 'Bom, né?'

Fala de Claudia Sheinbaum, acompanhada de um mapa-múndi do século XVII, contesta fala de presidente estadunidense

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Presidente mexicana propõe alterar nome dos EUA para 'América Mexicana' depois de Trump sugerir renomear Golfo do México: 'Bom, né?'

Foto: Reprodução/Redes Sociais

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, declarou nesta quarta-feira (8) que os Estados Unidos deveriam ser nomeados de "América mexicana", em afronta à proposta do presidente eleito americano, Donald Trump, de alterar o nome do Golfo do México para "Golfo da América", com "América" fazendo alusão aos EUA e não ao continente.

“Obviamente o nome do Golfo do México é reconhecido pelas Nações Unidas. Por que não o chamamos de América mexicana [os EUA]? Parece bom, não é?”, declarou a presidente em sua habitual entrevista coletiva em frente a um mapa-múndi do século XVII em que tem a região da América do Norte com esse nome. E adicionou “Ele falou sobre o nome, nós também falamos sobre o nome”.

Mesmo com a resposta à altura, Sheinbaum declarou que "terá uma boa relação com o presidente Trump."

“Em que me baseio? Que houve uma boa relação com o presidente (Andrés Manuel) López Obrador (2018-24)”, declarou, em alusão ao seu antecessor e aliado.

A declaração de Trump aconteceu no momento de uma entrevista coletiva na terça-feira (7), de forma inicial voltada para divulgar investimentos dos Emirados Árabes em tecnologia americana. O republicano comunicou que desejaria de alterar o nome do Golfo do México quando assumir a presidência dos EUA, no próximo dia 20. Ele ainda declarou que o México é principalmente governado por cartéis.

Trump já tinha ameaçado estabelecer tarifas de 25% ao México se não dificultasse a entrada de imigrantes sem documentos e de drogas no EUA, o que pode compelir Sheinbaum a ceder, assim como o fez López Obrador no primeiro mandato do republicano.

O magnata ainda anunciou que denominará os cartéis mexicanos como terroristas, providência que já julgava em seu mandato anterior (2017-2021), porém foi arquivada a pedido de López Obrador, que aceitou cooperar em matéria de segurança, recusando uma possível presença militar americana no seu território. Sheinbaum ainda criticou a medida sob o mesmo argumento do seu antecessor, de impedir uma incursão estrangeira que ameace a soberania do país.

Além da fala sobre o Golfo do México no momento da entrevista coletiva de terça, o republicano ainda disse que não rejeita uma ação militar para ocupar o controle do Canal do Panamá ou da Groenlândia, alegando "motivos de segurança econômica". Salientou também a sugestão de incorporar o Canadá aos EUA, transformando-o no "51º estado" americano, e que, diferente do Panamá e da Groenlândia, utilizaria a força econômica para alcançar o objetivo dele.

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