Previdência anuncia cortes em cadastros de beneficiários
Expectativa do governo é que processo reduza despesas e ajude no cumprimento das metas fiscais
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, declarou, nesta sexta-feira (5), que o governo fará um "pente-fino" em número de cadastros que recebem benefícios previdenciários temporários, a partir de agosto de 2024.
De acordo com Lupi, cerca de 800 mil pessoas poderão ter que fazer uma nova perícia para confirmar a necessidade de recebimento dos recursos. A investigação será feita em benefícios temporários, como auxílio-doença, salário-maternidade e auxílio-reclusão, por exemplo.
“Todo mundo que tem mais dois anos de benefício, que não é o permanente, é o temporário, ele tem necessidade de fazer um novo exame para saber se ele continua tendo aquele direito. Então isso já está começando a ser organizado. Isso vai dar em torno de 800 mil pessoas, um pouquinho mais, um pouquinho menos, que poderão ter que fazer essa nova perícia para confirmar o nosso benefício”, afirmou o ministro.
Atualmente, cerca de 1,36 milhão de pessoas recebem benefícios temporários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), segundo levantamento do órgão.
A revisão dos benefícios sociais passou a ser discutida com mais intensidade pela equipe econômica do governo nas últimas semanas. Com a medida, o objetivo do governo é abrir espaço no orçamento para os gastos livres dos ministérios, pressionados por conta do limite do arcabouço fiscal, a nova regra para as contas públicas, e também tentar cumprir a meta de zerar o rombo das contas do governo neste ano.