Previsão da safra de grãos na Bahia mantém estabilidade, aponta IBGE
mandioca registra aumento na produção mas, soja e milho 2ª safra são os destaques negativos
Foto: Reprodução / Agência Brasil
A sexta estimativa para a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas na Bahia em 2023 permaneceu estável, mantendo a previsão de produção de 10.988.805 toneladas, o que representa uma redução de 3,3% em relação ao recorde alcançado em 2022, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (13). Dentre os grãos pesquisados, apenas o amendoim 2ª safra apresenta uma previsão de leve aumento na quantidade colhida, enquanto a soja registra a maior queda absoluta, seguida pelo milho.
A produção de soja na Bahia deve diminuir em 177.186 toneladas, representando uma queda de 2,4%, chegando a um total de 7.063.494 toneladas em 2023. Já o milho 2ª safra apresenta a maior perda, com uma produção de 520.780 toneladas, 19,9% menor que em 2022.
Além das quedas na produção, tanto a soja quanto o milho 2ª safra também devem apresentar redução no rendimento médio, indicando uma diminuição na produtividade por hectare.
Essas estimativas contrastam com as projeções para o Brasil como um todo, onde tanto a soja quanto o milho são esperados para alcançar safras recordes em 2023. A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas pode atingir um novo recorde de 307,3 milhões de toneladas, um aumento de 16,8% em relação a 2022.
Em relação à participação no total nacional, a Bahia deve representar 3,6% da safra de grãos do país, ocupando a sétima posição. Mato Grosso continua liderando, seguido pelo Paraná e pelo Rio Grande do Sul.
De acordo com as informações do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a previsão de junho também aponta para recuos em 20 das 26 safras investigadas na Bahia em 2023. Enquanto a soja e o milho 2ª safra registram as maiores quedas absolutas, a cana-de-açúcar apresenta a segunda maior redução, e a produção de café arábica sofre a maior retração em termos percentuais. Por outro lado, a mandioca registra o maior crescimento absoluto e percentual, seguida pelo aumento nas produções de banana e uva.