Primeiro-ministro de Portugal renuncia após operação de busca e apreensão
António Costa enfrenta investigação por suposta participação na exploração de lítio

Foto: José Cruz/Agência Brasil
O primeiro-ministro português, António Costa, apresentou sua renúncia ao cargo após ser alvo de uma operação de busca e apreensão nesta terça-feira (7). A ação está diretamente relacionada às acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre sua possível participação na exploração de lítio no município de Montalegre, Portugal.
De acordo com a PGR de Portugal, surgiu evidência do uso do nome e autoridade do primeiro-ministro para intervir em procedimentos relacionados ao caso. Além de Costa, cinco pessoas foram detidas, incluindo o ministro de Infraestrutura, João Galamba, e o empresário Diogo Lacerda Machado, amigo do primeiro-ministro.
A operação de busca e apreensão abrangeu a residência oficial do primeiro-ministro e os ministérios envolvidos em projetos de exploração de lítio. Uma das empresas implicadas, a Lusorecursos, teria obtido permissão para participar mesmo não sendo parte do grupo autorizado para a exploração, de acordo com a CNN Portugal.
A situação gerou um clima de tensão no congresso português. Líderes de partidos como o Partido Social Democrata (PSD) e a Iniciativa Liberal (IL) manifestaram preocupação com a gravidade da situação, enquanto o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) enfatizou a presunção da inocência, mas questionou a continuidade de Costa no cargo.