'Problema político', diz Rui Costa sobre ação do União Brasil contra Geraldo Júnior no STF
Em coletiva, petista apontou que alidos de Bolsonaro não se assumem

Foto: Farol da Bahia | Reprodução
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), comentou nesta terça-feira (12), durante coletiva, sobre a decisão do partido União Brasil (UB) de ingressar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar a reeleição do vereador Geraldo Júnior (MDB) na Câmara de Salvador. Para o petista, a ação “foi uma reação politica”.
“Eu não tenho conhecimento suficiente para fazer comentário jurídico sobre a tese. Tenho dúvida de que se a mesma coisa fosse feita e não houvesse um movimento de apoio para o nosso candidato, [Jerônimo Rodrigues], se essa ação seria impetrada. Ou seja, se a reeleição fosse feita nas mesmas condições e apenas a declaração de apoio não fosse feita, tenho dúvidas se eles ingressaram com a ação judicial",afirmou o petista.
“Portanto, o problema não é jurídico. O problema é político. E essa ação, portanto, tenta barrar uma posição política de um partido e do presidente da Câmara. E eu diria também que a demonstração de firmeza nossa é porque as pessoas não se dão conta de que o Brasil mudou. Apesar de eles serem aliados de Bolsonaro e terem vergonha de se assumir como tal, o comportamento cotidiano é o mesmo do presidente. Então, eu fico perplexo. Nós estamos em 2022. As pessoas repetem o mesmo padrão de comportamento do presidente da República ou do passado da Bahia”, completou.
Ação
O União Brasil, partido do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, levou ao STF uma ação para anular a votação que elegeu antecipadamente Geraldo Júnior (MDB) para a presidência da Câmara de Vereadores de Salvador, pela terceira vez seguida, para o biênio 2023-2024. O documento é assinado pelos advogados Fabrício Medeiros e Ricardo Martins, que questionam a validade da emenda 39 que foi acrescida inserida na Lei Orgânica do Município de Salvador para viabilizar a recondução da Mesa Diretora da Câmara na mesma legislatura. Segundo eles, a manobra viola os “princípios republicano e do pluralismo político”.