Produção de produtos madeireiros na Bahia diminui em 2022, com impacto das regulações ambientais
A produção de carvão e lenha de madeira nativa na Bahia continua a cair, aponta IBGE
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De acordo com dados divulgados na última quarta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) produção de produtos madeireiros extraídos da natureza continuou a declinar na Bahia em 2022, refletindo as restrições mais rigorosas estabelecidas pelas regulamentações ambientais que visam proteger as espécies nativas. Essas regulamentações têm impactado a produção extrativa de madeira no estado ao longo dos anos.
A produção de carvão a partir de madeira nativa na Bahia registrou uma queda de 2,9% em 2022, totalizando 41.793 toneladas. Apesar desse declínio, o estado subiu da quinta para a quarta posição entre os maiores produtores do país, ultrapassando o Piauí. O município de Baianópolis, que já liderou a produção nacional de carvão da extração e ocupou a 4ª posição em 2021, caiu para o 5º lugar em 2022, com uma produção de 13,9 mil toneladas. São Desidério é o segundo maior produtor de carvão por extração na Bahia, classificado em 12º lugar no ranking nacional, com 7,6 mil toneladas, seguido por Cristópolis, na 16ª posição no Brasil, com 5,0 mil toneladas.
A quantidade de lenha extraída na Bahia vem diminuindo consistentemente desde 2010 e, em 2022, registrou uma queda de 7,8% em relação a 2021, chegando ao nível mais baixo em 36 anos, desde 1986, com um total de 1,4 milhão de metros cúbicos. A redução de 123,4 mil metros cúbicos em relação ao ano anterior representa a segunda maior queda absoluta no país, superada apenas pelo Pará, que registrou uma redução de 138,4 mil metros cúbicos. Como resultado, a Bahia caiu da 4ª para a 6ª posição entre os maiores produtores de lenha por extração no Brasil.
Os três municípios baianos que lideraram a extração de lenha da natureza em 2021 foram Serra do Ramalho (62,8 mil m³), Riacho de Santana (62,0 mil m³) e Santa Rita de Cássia (59,6 mil m³). A produção de madeira em tora por extração na Bahia também apresentou uma queda de 9,0% entre 2021 e 2022, atingindo o nível mais baixo desde 1986, com um volume de 163.696 metros cúbicos. No entanto, o estado subiu da 11ª para a 9ª posição entre os maiores produtores do país, com Pará, Mato Grosso e Amazonas liderando o ranking nacional.